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sexta-feira, 15 de março de 2013

Doação de sangue, Leucemia, doação de medula... Dúvidas?

Oi, amigos e amigas. De vez em quando recebo no Facebook, através de amigos meus, pedidos de ajuda especiais. Este que vou mostrar não é diferente. Então, por que resolvi aderir a ele, e ajudar na campanha? Bom... Eu acho que se cada um de nós cuidasse do próprio jardim, o mundo seria todo florido. E, é isso que estou fazendo... Uma amigona minha me contou esta história, pois os envolvidos são amigos dela. E foi assim que tudo começou. Decidi, então, ajudar a divulgar esta situação, e quem sabe incentivar a outros jardineiros... Eis o motivo desta minha postagem:

Pedido de ajuda de Carlinhos, no jornal do Face!



O rapaz sorridente na foto é o José Carlos, chamado por sua noiva, Chris Pazzette, de Carlinhos. Esta é a história. Ele tem Leucemia, e atualmente está em processo de quimioterapia. Cada vez que toma os medicamentos, precisa de transfusões de sangue e plaquetas. Por que estou falando isso? Para incentivar a doação de sangue, na Santa Casa de São Paulo, onde a captação de sangue ocorre para os hospitais de parte da região sul, e da região oeste. Carlinhos faz tratamento no Hospital Brigadeiro...

Que tipo de sangue é o dele? 

Do tipo vermelho! Brincadeira... É só para dizer que não importa o tipo sanguíneo, por que o mais importante são as plaquetas que todos nós, saudáveis, carregamos. E elas são 'filtradas' de todo tipo sanguíneo, para serem aplicadas no José Carlos. 

Plaquetas? Filtradas?

É... As plaquetas são os componentes sanguíneos responsáveis pela coagulação do sangue. Ou seja, sem elas, ocorrem hemorragias no corpo humano. Durante o tratamento quimioterápico há uma diminuição destes componentes no sangue. No caso dos pacientes com Leucemia, esta diminuição torna-se perigosa. Por isso estes pacientes, durante o tratamento precisam de transfusões de plaquetas. Por um processo laboratorial que a leiga aqui não vai saber explicar, as plaquetas são separadas dos outros componentes do sangue doado, transformadas num soro, e aplicadas no paciente. 

O que acontece com o resto do meu sangue?

Alguns laboratórios devolvem o resto pra você, via soro também. Mas, a prática dos hemocentros, que vivem carecendo de material sanguíneo, é aproveitar tudo em soros e medicamentos para os mais variados tratamentos médicos de seus pacientes. Ou seja, você, ao doar seu sangue para o Carlinhos, pode ajudar muitas outras pessoas. 

Leucemia???

O câncer do sangue, como é conhecida esta doença. Não vamos entrar em muitos detalhes técnicos. Vamos dizer que o sangue é feito de três componentes básicos (Hemácias, Leucócitos e Plaquetas), que são fabricados na medula óssea. E, antes que perguntem, a medula óssea é um tecido gelatinoso que temos dentro de alguns ossos, o qual conhecemos como tutano. Sim, o tutano do osso é muito importante. Na Leucemia há uma proliferação de células imaturas oriundas da medula óssea, de maneira desordenada. Esta proliferação atinge o sangue, que circula pelo corpo inteiro, carregando a bagunça com ele para outros órgãos. 

Entendi... E o tratamento???

Exatamente este que o José Carlos está fazendo. Quimioterapia para matar as células 'ruins'. Ou seja, ele mata Leucócitos, Hemácias e Plaquetas com defeito de fábrica, que já não estavam funcionando direito. E tenta matar a parte da fábrica que está com defeito também. Ás vezes só isso dá certo. Ás vezes os médicos têm que ser mais radicais, por que o defeito já afetou a fabrica toda... Enquanto ele está na fase de quimioterapia, é muito importante receber plaquetas saudáveis para evitar maiores problemas. E eis o nosso apelo... Doe seu sangue na Santa Casa de São Paulo. Fica pertinho do metrô... Fácil chegar lá, se vai de carro, o estacionamento é gratuito. Importante dizer que se você vai doar o sangue para o Carlinhos, isto deve ser avisado lá no hemocentro, ok? Assim eles fazem o encaminhamento para o Hospital Brigadeiro. Mas, aproveito esta campanha para incentivar a doação de sangue. Eu a faço anualmente. Manter os hemocentros da cidade abastecidos é bom. Nunca se sabe quando seremos nós a precisar disso. 






Ok, ok... Mas e se a quimioterapia não for suficiente?

Transplante de medula! Esta é a resposta. Às vezes a fábrica toda está bagunçada. Aí o procedimento começa com a destruição dela... É... Calma, é feito por vias medicamentosas. Não é nada tão dramático assim. É claro que aí o paciente está vulnerável, sem os componentes tão importantes do sangue sendo produzidos. E aí ele sobrevive basicamente das nossas doações. Um doador saudável é escolhido, e passa por um procedimento um tanto incômodo, mas de baixíssimo risco. Tira-se dele 15% de sua medula. O suficiente para ajudar o paciente, e não causar nenhum dano à saúde do doador. Entendam que este tecido gelatinoso se multiplica naturalmente no organismo, quando estamos saudáveis. Em questão de um pouco mais de uma semana o doador recupera tudo. O corpo se encarrega disso. O paciente recebe as células da medula através de suas veias, e elas viajam pelo corpo até encontrarem seu espaço. À partir daí, elas começam a se multiplicar, esperançosamente de maneira correta, produzindo células maduras e saudáveis, que com o tempo adequado de recuperação assumirão o importante papel de produção dos componentes sanguíneos. Durante o processo, o paciente recebe uma série de cuidados para preservar o organismo, até que possa se defender sozinho. Enquanto isso, o doador, segue a vida normalmente.

E aí cabe mais algumas explicações sobre o nosso amigo José Carlos. Eles estão já procurando doadores de medula em sua família estendida. Isto significa que em seu núcleo familiar não houve compatibilidade. Encontrar um doador compatível nos parentes mais próximos costuma ser mais fácil. Quando isso não acontece, fica um pouquinho mais difícil, embora não impossível. Caso os médicos não encontrem o doador entre os seus familiares, partirão para a busca nos bancos nacionais. E aí é que você, pessoa com a medula saudável que está nos lendo pode, mais uma vez, colaborar. O REDOME é o cadastro nacional de doadores de medula óssea voluntários. Você pode ser uma dessas pessoas, indo a um hemocentro próximo a sua casa, e perguntando sobre este cadastro. Você passará por uma entrevista, onde perguntas a cerca de sua saúde serão feitas (tudo sigiloso), e lhe será explicado todo o procedimento de um transplante. Depois vai passar pela coleta de sangue, para que a tipagem HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador) seja feita. À partir daí você está cadastrado, e toda vez que houver necessidade, no país todo, seus dados serão cruzados com o do paciente em questão. Se você for compatível, será procurado e consultado quanto a disponibilidade para a doação. Isto é feito em ambiente cirúrgico, com uma equipe médica acompanhando. Ou seja, é muito seguro. Mas, como todo procedimento médico, exige que você disponibilize algum tempo. Pelo menos 24 horas. E é importante, no caso de você ser um voluntário, manter seu cadastro atualizado. Além dos dados para ser encontrado, comunicar no caso de doenças graves surgidas depois do cadastro. 

Neste caso da doação de medula, você pode não conseguir ajudar o Carlinhos. Mas, pode ajudar algum outro paciente necessitado. A incidência de Leucemia em crianças também é grande, e a dificuldade de encontrar doadores também. Esta é uma ação que não lhe causaria nenhum prejuízo, mas poderia trazer um enorme benefício a alguém. Cadastre-se. Quanto mais pessoas se disponibilizarem, mais fácil será achar um doador para o nosso amigo.

Para encerrar... Estou planejando uma carreata à Santa Casa, que acontecerá em breve, por que há sim uma urgência. Preciso averiguar os horários de funcionamento do hemocentro, e os meus. Quem tiver interesse em doar sangue (plaquetas) pro Carlinhos, e/ou se cadastrar no REDOME, mas não souber como chegar a um hemocentro, espere nosso aviso. No lado direito do blog vocês encontram uma janela do Facebook de nosso blog. Vou dar as notícias sobre nossa campanha ali, diariamente. Fiquem de olho para saberem como participar da carreata. 

Espero que esta postagem ajude não só ao Carlinhos, mas a muitos outros pacientes de Leucemia, e outras enfermidades, que precisam de nossa diligência, em ações que realmente são muito simples, para que a vida deles não se esvaia. 







JulyN

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