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terça-feira, 2 de abril de 2013

Nossas três camadas!!!



Olá, amigos. Pra quem me conhece pessoalmente, estarei hoje resumindo tudo o que sempre falo sobre saúde. Vou apenas iniciar um assunto que, se formos realmente abrir para discussão, vai ser longo e criará muitas bifurcações. Então, leia nossa postagem, e se quiser discutir mais, perguntar mais, se informar mais, entre em contato comigo, e vamos conversar. Sempre lembrando que o que me diferencia de você é a paciência de pesquisar sobre qualquer assunto e tentar entendê-lo, de modo que depois possa explicar de maneira simples e fácil de entender para qualquer pessoa. Não sou mais do que ninguém, não sei mais do que ninguém. Só me proponho a tentar aprender com você. 

Então, vamos falar um pouco sobre a Promoção de Saúde. Um conceito bem abstrato, muito bonito no papel, mas realmente pouco praticado aqui no Brasil (quando falo isso, me refiro aos serviços de saúde acessíveis para qualquer pessoa, ou seja, o público). Para que possamos entender o conceito, vamos dividir o ser humano em três 'camadas'. Temos a parte física do indivíduo, que normalmente é aquele que apresenta os sintomas de um desequilíbrio - atentem a esta palavra; temos a parte mental, que é pouco cuidada, mas que tem suma importância, por ser ela que conduz todo o resto; e temos a parte funcional, que é a interação do indivíduo com o meio. Em promovendo a saúde, o profissional da área teria que equilibrar essas três camadas do queixante. Ou seja, estar atento não só à doença física, mas também aos desdobramentos mentais e sociais dela. 

A Organização Mundial de Saúde há mais de dez anos criou um modelo teórico, chamado de Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), que substituiria a antiga norma para se descrever, avaliar e tratar o ser humano. Tal modelo foi adotado por 191 países, Brasil inclusive (na teoria). Por que esta informação é importante? Para que você entenda que, ao visitar o médico, você precisa buscar este tipo de atendimento, que com certeza lhe será mais adequado. 

E onde eu entro nisso? Como alguns já sabem, sou Fonoaudióloga de formação. E sempre, na minha prática profissional (tanto na área de saúde quanto na de serviços), procurei estabelecer um vínculo com meus pacientes/clientes. Por que acredito muito que as três 'camadas' que citei acima não se separam, não conseguem se desvincular uma da outra. Vamos a um exemplo prático? 

Há algum tempo acompanhei uma senhora que veio a mim com vários problemas de saúde, precisando de companhia nas várias consultas que agendava. Então, passei a ter uma convivência próxima com ela. Eram problemas de saúde dos mais variados, indo de uma alergia tópica até arritmia e problemas circulatórios. Quando também o esôfago começou a falhar, e o sono foi atrapalhado por isso (refluxo), e já tendo eu um tempo de observação desta pessoa, comecei a imaginar que tudo o que estava ocorrendo devia-se a um efeito cascata. Então, havia um início disso tudo. A essa altura já éramos amigas, e eu tinha um pouco mais de liberdade para fazer perguntas. Depois de um tempo, ficou claro para mim que a ansiedade era a causadora de boa parte dos sintomas físicos dela. E alguns outros deles foram causados pelo uso indiscriminado das medicações para aplacar os sintomas dos primeiros. E, aquela altura, ela já tinha largado o trabalho e a vida social, por conta do tanto de incômodos causados pelos problemas físicos. Um completo desequilíbrio. 

E é isso o que acontece quando a gente não cuida das nossas três 'camadas'. Eu também... Reconheço os problemas, tenho um pouco de estudo, mas também acabo em desequilíbrio muitas vezes, por que sou um ser humano. O que fazer? 

A curto prazo, você deve escolher adequadamente quem te trata. Quem precisa do serviço público, e não pode pagar um tratamento médico, pode optar por um serviço como o meu. Uma única pessoa que vai lhe acompanhar, e ser sua 'ficha médica' ambulante, buscando em todas as esferas o melhor atendimento possível. Foi o que fez minha cliente, que usei como exemplo. Passei a acompanhá-la. Ela dava sua autorização para que eu conversasse com médicos. E assim eu conseguia saber deles tudo o que estava acontecendo, e repassar as informações para os outros médicos em outras consultas e fazer com que todo o seu atendimento fosse interligado, integrado e multidisciplinar (o ideal). Também passei a pesquisar sobre todos os sintomas que ela apresentava, um a um, para conhecer as patologias e poder entender melhor os tratamentos que eram propostos. Um acompanhamento ativo, que dava uma maior segurança no meio da impessoalidade dos hospitais públicos de São Paulo. 

A médio prazo (por que meu objetivo não é que a pessoa dependa de mim para sempre), os problemas foram sendo resolvidos e fomos juntas buscando soluções definitivas para eles. O que quero dizer com isso? 

Quando apresentamos sintomas, devemos encarar isto como uma comunicação de nosso organismo. É ele dizendo que estamos em desequilíbrio. Ao ter uma dor de cabeça, você apenas a medica? O certo seria diagnosticar a causa, para tratá-la e não sentir mais a dor de cabeça. Por que, observando o efeito cascata, se você só medica sua dor, ela vai voltar enquanto o problema que a causou persistir, você vai continuar medicando, a médio prazo o remédio poderá causar danos ao estômago, e eis aí a criação de mais um problema... Descobrir e tratar a causa do desequilíbrio evita uma série de desdobramentos infelizes. 

Pra quem está se perguntando, minha cliente está agora em um tratamento psicológico, para aliviar sua ansiedade. Não tem mais a alergia tópica e nem o refluxo. Diminuiu pela metade o número de remédios que tomava, e precisa bem menos de mim, embora agora usufrua dos meus serviços para atividades mais divertidas. Acompanho-a mensalmente ao centro da cidade, onde ela compra material para seu tricô, que é parte do tratamento para a ansiedade... Aos poucos vamos equilibrando o ser humano, e o corpo quase que em agradecimento, vai abandonando os sintomas de outrora. 

Pra encerrar, não estou dizendo aqui que você não deve fazer o que seu médico manda. Ele sabe o que fala, e pode te ajudar. Mas desconfie, e procure trocar o profissional, se seu problema persistir demais, se o número de remédios a tomar for aumentando gradativamente e se os problemas forem se acumulando. Procure pela resposta que vai lhe fornecer qualidade de vida e saúde, e não só alívio de sintomas. Fique atento à você mesmo. 










JulyN

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